Exposição de Ciências Humanas (Longa Duração)

        MEMÓRIAS DO MUSEU DOM BOSCO                 

Em 18 de junho de 1894 chegaram a Cuiabá os primeiros missionários salesianos, eles tinham o objetivo de apaziguar os sangrentos conflitos entre os Bororo e os colonizadores de Mato Grosso, a pedido do governo local. Desse contato e do empenho dos missionários Salesianos nasceu o Museu Dom Bosco em 27 de outubro de 1951. O espaço relembra o Museu Dom Dom Bosco da Rua Barão do Rio Branco, presente na memória coletiva dos sul matogrossenses.

 

 

        ARQUEOLOGIA 

    Acervo de testemunhos da cultura material de povos da pré-história que representam os períodos arcaico e formativo. Os aproximadamente 215 objetos expostos que compõem a coleção foram coletados em pesquisas de campo no Brasil e/ou doados ao MCDB. A projeção apresenta imagens de vestígios arqueológicos tais como paisagens, gravuras e pinturas rupestres.

 

 

    

POVOS DO MATO GROSSO DO SUL 

O Estado de Mato Grosso do Sul possui hoje uma população indígena estimada em 63 mil pessoas, na qual se destacam os Atikum Umã, Kaiowá e Guarani, os Terena, os Kadiwéu, os Guató e os Ofaié, sendo que os Kaiowá e Guarani (40 mil) e os Terena (23 mil). Apresentam-se com o maior contingente populacional. Terena; Kadiweu; Guarani e Kaiowá; Kiniquinau; Guató; Ofaié e Atikum Umã têm sua cultura representada por objetos e utensílios de uso cotidiano.A forma da exposição constitui uma metáfora da dimensão do habitar desses povos.

 

 

 POVO BOE - BORORO | COLEÇÃO ALBISETTI & VENTURELLI

Os primeiros povos indígenas com quem os salesianos mantiveram contato foram os Boe-Bororo, povo que sempre atraiu a atenção de estudiosos e leigos, devido à beleza de seus artefatos em plumária e da complexidade do rito fúnebre. O espaço museal festeja o nascimento e anuncia a morte. Entre a vida e a morte enuncia algumas cenas do cotidiano, colocando os objetos em diálogo com a estrutura cosmológica do povo.

 

 

 

 POVO XAVANTE | COLEÇÃO GIACCARIA & HEIDE

A aldeia original Xavante, construída sempre nas proximidades de um córrego ou rio menor, tem a forma de uma ferradura, com a abertura voltada para o rio. Em uma das extremidades da aldeia encontra-se a Casa dos Adolescentes. No meio há uma grande praça, local de reuniões dos homens. Aí também são tomadas as grandes decisões do “Conselho dos Anciãos”. O espaço da exposição foi preenchido com objetos representativos do cotidiano e dos momentos sagrados que permeiam a rotina desse povo.

 

 

 

 POVO INY - KARAJÁ | COLEÇÃO FALCO & VENTURELLI

O nome deste povo na própria língua é Iny, ou seja, "nós". Os Karajá têm o rio Araguaia como um eixo de referência mitológica e social. Cada aldeia estabelece um território específico de pesca, caça e práticas rituais demarcando internamente espações culturais conhecidos por todo o grupo. Com a chegada das chuvas, mudavam-se para as aldeias construídas nos grandes barrancos, a salvo das subidas das àguas. Os Karajá estabelecem uma grande divisão social entre os gêmeos definindo socialmente os papéis dos homens e mulheres, previstos nos mitos.

 

 

POVOS DO RIO UAUPÉS | COLEÇÃO BRUZZI & BEKSTA

 Os povos das famílias linguísticas Tukano Oriental e Maku convivem mais intensamente na região de interflúvio entre os rios Tiquié e Papuri e o Médio Uaupés. Nesta área, desenvolveram uma estratégia de complementaridade, uma vez que tradicionalmente ocupam espaços distintos e adotam práticas de manejo do meio ambiente específicas.Tukano, Desana, Tariana, Pira-Tapuia,Tuiuca, Paracabâ,Taiwano,Wanana são alguns dos povos caracterizados por sua cultura disposta esteticamente ao longo do Rio Uaupés, metaforizado pelo espaço expográfico. Onde o rio termina, acaba a vida, aprisionada nas “Vestes de Lágrimas” dentro do círculo sagrado.

 

 

  

POVOS DO XINGU 

Povos do Xingu estão representada na exposição  por totens que simbolizam o Kuarup, rito fúnebre que homenageia os antepassados, cuja narrativa remete ao desejo de Mavutsinim, divindade cultuada pelas etnias daquela localidade, de trazer de volta à vida os mortos. Esse ritual ainda é praticado pelas 16 comunidades indígenas que habitam a região do Rio Xingu, no norte de Mato Grosso.