Rota bioceânica e o turismo em MS são abordados em painel realizado na UCDB

09/05/2019 - 9:00 - Graduação

Fonte: Marina Romualdo

Painel foi realizado no anfiteatro do bloco B no campus Tamandaré

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Voltado para os acadêmicos de Administração e de Ciências Contábeis, o painel “Turismo no estado de Mato Grosso do Sul” foi realizado na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), na noite de terça-feira (7). O tema trouxe, principalmente, os desafios e oportunidades do corredor bioceânico que criará uma conexão viária entre o Centro-Oeste brasileiro e o Pacífico. Ao passar pelo Paraguai, Argentina e Chile, a rota reduz o tempo de trânsito e o custo de transporte para o escoamento de produtos, além de estimular o desenvolvimento das regiões.

O assunto foi abordado em uma mesa-redonda composta pelo economista-chefe da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Normann Kalmus, e pelo presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Cristiano Cicuto. A discussão foi mediada pelo vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local da UCDB, Dr. Michel Ângelo Constantino de Oliveira, que liderou um dos grupos de trabalhos criados pela Rede Universitária da Rota da Integração Latino-Americana (UniRila), da qual a Católica pertence, para auxiliar na implantação do corredor.

Segundo a coordenadora do curso de Administração, Dra. Maria Aparecida Canale Balduíno, a proposta do evento foi mostrar aos alunos negócios, serviços e comércios que podem ser abertos no caminho da Rota Bioceânica. A docente também pontuou que o painel foi a primeira etapa de uma discussão sobre o assunto.

“É um espaço propício para apresentações de tópicos conexos ao tema, que funcionou como prévia da audiência pública que acontecerá na Assembleia Legislativa de Campo Grande. Além disso, é uma forma de incentivar os acadêmicos a participarem e perceberem a importância dos rumos do desenvolvimento do estado de Mato Grosso do Sul”, declarou Maria Aparecida.

No auditório do bloco B do campus Tamandaré, durante o evento, cada especialista convidado abordou um tema específico dentro do contexto da Rota Bioceânica. Normann falou sobre o “Turismo é Economia - Sonhos de viagem” e o primeiro ponto a ser discutido foi a necessidade de uma relação comercial com os outros países envolvidos no corredor. O economista citou o fato do Brasil possuir uma grande variedade de indústrias e que, apesar do comércio exterior não precisar absorver muitas das produções, há outras oportunidades.

Uma delas, segundo Normann, é a possibilidade de trazer produtos para o território brasileiro sem muitos gastos. “Buenos Aires, capital da Argentina, é o nosso maior exportador de carros. Em vez dos veículos serem transportados para Salvador (BA) e, a partir de lá, serem enviados por caminhões para os estados do país, com a rota eles podiam ser transportados pelo rio Paraguai. A redução do frete seria de 68,8% em questão de logística para os carros conseguirem chegar em Campo Grande. Sei que a ponte não vai ser a solução dos problemas, porém vai ser grande uma ajuda”, esclareceu o economista.  

Outro ponto trazido pelo painel foi o “Potencial do Turismo nos países da Rota Biocêanica” — tema abordado pelo professor Michel. Na data, o docente da UCDB expôs dados e gráficos sobre o turismo mundial e também apresentou ao público projetos que já são executados na Católica com o intuito de traçar indicadores das regiões pelas quais o corredor bioceânico passa de maneira a auxiliar na implantação da conexão viária e no desenvolvimento de cada local. Segundo Michel, o trabalho é feito em parceria com as outras instituições de ensino superior que compõem a UniRila.

Por fim, o presidente da ABAV comentou a respeito da “Expedição — Rota Biocêanica”. Cristiano discorreu sobre objetivos de uma expedição que será realizada e deve percorrer o corredor por completo como uma iniciativa para fomentar o turismo nas regiões. “Estamos organizando uma expedição com quatro países, que irá acontecer ainda esse mês para analisar quais são as potencialidades turísticas de cada local. Essa missão acontece pelo inventário turístico, que depois dessas pesquisas será divulgado para governos e empresas que tenham o interesse de trabalhar com isso na rota bioceânica”, pontou Cristiano.

Texto sob supervisão de Natalie Malulei.