Acadêmicos de Psicologia e das licenciaturas participam de mesa-redonda sobre abuso infanto-juvenil

13/05/2019 - 9:00 - Graduação

Fonte: Marina Romualdo

Marília de Brito Martins, titular da DPCA, foi uma das convidadas para participar da mesa-redonda

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em Graduação

A cada oito minutos uma criança é vítima de abuso sexual no Brasil e, em Mato Grosso do Sul, 80% dos casos registrados envolvem meninas. Os dados alarmantes foram apresentados aos acadêmicos de Psicologia e dos cursos de licenciatura da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) durante uma mesa-redonda realizada em alusão à Semana Estadual de combate a Pedofilia — movimento contra a exploração e ao abuso infanto-juvenil ocorrido entre os dias 6 e 11 deste mês.

No anfiteatro do bloco B do campus Tamandaré, participaram da discussão a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Marília de Brito Martins, e o deputado estadual Rinaldo Modesto. O bate-papo veio com a proposta de conscientizar a comunidade acadêmica para que, a partir da informação, o público consiga auxiliar no combate a esse tipo de crime.  

“Como o assunto é muito velado e pouco debatido, a mesa-redonda veio como uma maneira de formarmos professores e psicólogos preparados para lidar este tipo de caso. Além disso, já temos acadêmicos em estágios e que se depararam com situações como essas envolvendo as crianças. Desta forma a discussão, contribui para aprendizado e para conhecimento de todos”, declarou a coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UCDB, Luciana Mendes Valério.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Penal Brasileiro, o abuso é definido como a existência de um sujeito em condições superiores que comete um dano físico ou psicológico. A vigilância de cumprimento das leis, segundo a delegada, é uma das formas de combate a pedofilia, além disso, durante o debate, Marília também citou outros pontos que podem contribuir para a segurança de crianças e adolescentes como instruir a redução da aceitação da violência, reforçar normas e valores que promovam relações não violentas, respeitosas, acolhedoras, positivas e com equidade de gênero para a totalidade das crianças.

De acordo com Marília, a atuação da polícia tem sido enfática no combate a esse tipo de crime. O upload e o compartilhamento de fotos e vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade, por exemplo, são monitorados por equipes especializadas. “Hoje em dia, como a polícia está mais avançada, existem rondas online por Campo Grande. Conseguimos controlar a movimentação de pornografia pelo número de IP — do inglês Internet Protocol — número que identifica um dispositivo em uma rede, seja, computador, roteador ou impressora”, comentou a delegada.

Texto sob supervisão de Natalie Malulei.