Mestranda em Educação apresenta dissertação sobre construção da identidade de alunos

26/03/2015 - 10:00 - Mestrados e Doutorados

Fonte: Gabriel Bittar

Defesa de Flávia Mara Cunha Freire Figueiredo

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O Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) realizou, nessa quarta-feira (25), na Sala de Bancas, a defesa de dissertação da mestranda Flávia Mara Cunha Freire Figueiredo. Intitulada “Representações dos funcionários de uma ONG sobre alunos em situação de vulnerabilidade social: implicações para a construção das identidades desses alunos”, a dissertação teve como orientador o professor Dr. José Licínio Backes da UCDB.

A banca examinadora contou com a participação do orientador e dos docentes Dr. Lúcio Jorge Hammes, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), e Dra. Ruth Pavan, da UCDB.

Um dos tópicos da dissertação foi como se dá a produção das identidades e diferenças na lógica neoliberal por meio da responsabilização individual. Foi ressaltado que o desempenho de um aluno, nesse caso, torna-se algo que depende somente dele, e que o sujeito tem responsabilidade por sua vulnerabilidade. A posição defendida é a oposta, de que o indivíduo não tem responsabilidade por sua situação social.

Conforme o estudo realizado, o individualismo e o neoliberalismo formam situações que fazem com que o cidadão pobre culpe a si mesmo por sua pobreza, acredite que ele mesmo é culpado de sua situação, e que deve se esforçar mais e mais. O aluno que vai mal nos estudos é culpado também diretamente por isso, sem se considerar os fatores externos que podem causar seus problemas nos estudos. Isso tudo gera um ciclo, no qual o indivíduo nunca consegue sair de sua situação e sempre acredita que a única saída é resolver um problema que está nele mesmo, não decorrente de outros fatores.

Foi citado como exemplo o relato de uma ONG educativa ao dizer que certa turma de estudantes era muito difícil de lidar e desenvolver trabalhos. A dissertação, então, aponta como resposta: “Ao invés de ver nas práticas das crianças e adolescentes (...) um indicativo de que o andamento do projeto e o suporte pedagógico desenvolvido na instituição não estavam dando conta da multiplicidade de identidades e diferenças existentes dos alunos (...), a instituição fixa a identidade na subalternidade, classificando-os como difíceis”.

Mais informações podem ser obtidas através do telefone 3312-3597.