Colóquio: 140ª edição aborda igualdade racial e a luta da comunidade negra contra o preconceito

20/02/2017 - 11:00 - Mestrados e Doutorados

Fonte: Ellen Prudente

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Programa de Pós-graduação em Educação — Mestrado e Doutorado, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), realizou este mês o 140º Colóquio com o tema: O lugar da temática étnico-racial na atual conjuntura. O assunto foi abordado pelo pesquisador e professor da UCDB Dr. Ahyas Siss, e pela ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Brasil, Dra. Nilma Lino Gomes, atualmente professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Durante a palestra, professor Dr. Ahyas falou sobre a política de cotas raciais nas instituições de ensino superior e das conquistas que o negro realizou neste espaço, mas priorizou histórico de discriminação racial dentro das escolas e instituições de ensino superior do país: “O Brasil é o país que mais exclui o negro da universidade”.

Já a ex-ministra Dra. Nilma é referência no assunto de igualdade racial e explicou a trajetória do Brasil no movimento negro, e como é importante tematizar discutições pelo inconformismo do negro diante da exploração da mão-de-obra e da luta desde a abolição da escravatura. “É necessário construir uma estratégia, pois não podemos cair na lamentação; é preciso ter resistência pois a luta faz parte de nossas vidas”, disse a professora.

Participaram do evento, no anfiteatro da biblioteca da Católica na sexta-feira (16), discentes de graduação, pós graduação, mestrado e doutorado, além diversos líderes dos movimentos negros da capital, como o Coletivo de Mulheres Negras representado por Raimunda Luzia Brito, Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro do Mato Grosso do Sul, Mulheres da Comunidade Tia Eva, Conselho Estadual dos Tributos do negro, entre outros.

A representante da secretaria de Políticas Públicas da Mulher, Ana José Alves falou sobre a necessidade de combater o preconceito para que a comunidade negra tenha cada vez mais espaço e voz: “Devemos lutar em defesa dos direitos negros e eliminar as desigualdades socioeconômicas e culturais. Por conta do racismo os nossos professores não têm visibilidade, e a luta de conquistar o nosso espaço nas Universidades com títulos de mestres e doutores é só o começo”.