I Filógos debate impactos éticos e morais da reforma da Previdência

11/05/2017 - 8:00 - Graduação

Fonte: Natalie Malulei

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Na noite desta quarta-feira (10) foi promovido pelo curso de Filosofia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) o I Filógos — Filosofia, ética e sociedade. No anfiteatro do bloco A do campus Tamandaré, o colóquio  propôs o debate do tema “Reforma da Previdência: impactos éticos e morais”.

“Essa é uma discussão relevante para toda a sociedade, pois afeta todo mundo, todos os trabalhadores um dia vão se aposentar e a filosofia como uma análise do conhecimento e da sociedade de uma maneira geral, também tem que se posicionar a respeito dessas mudanças. Diante disso, trouxemos o debate para a academia”,  explicou o coordenador do curso de Filosofia, Me. Victor Hugo de Oliveira Marques.

Para discutir o tema, além de Victor Hugo, estiveram presentes na mesa-redonda o professor Dr. Márcio Luís Costa e o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Campo Grande, Dr. Dom Dimas Lara Barbosa, que se posicionou como representante do parecer teológico e da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão que se manifestou à respeito da reforma.

Durante o debate, Dom Dimas não propôs uma discussão técnica a respeito dos parágrafos modificados da legislação, mas abordou alguns princípios que, segundo ele, precisam ser considerados. “Um projeto desta envergadura não deveria ser feito por meio de uma medida provisória; tinha de ser discutido com a sociedade, porque vai afetar a vida do país e de cada brasileiro durante as próximas décadas — é uma coisa bem séria. Sem falar que é preciso tomar muito cuidado de tratar os desiguais de uma maneira diferente, não dá para equiparar o trabalhador do campo com o trabalhador de escritório, o desgaste físico é bem maior, assim como a realidade do homem e da mulher são diferentes e existem algumas categorias que precisavam de uma atenção diferenciada. Portanto, nenhuma reforma da previdência pode ser considerada só a partir de números ou do lado financeiro, é preciso uma visão macro e com o diálogo permanente com a sociedade”, concluiu.

Além disso, o arcebispo de Campo Grande também se mostrou a favor das manifestações populares em todo país, assim como a CNBB: “Não só a reinvindicação é válida mas o caminho de manifestação pacífica também”.