Segundo debate do CeTeAgro discute reforma agrária

21/09/2015 - 12:00 - UCDB

Fonte: Edyelk dos Santos

CeTeAgro discute reforma agrária

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O Centro de Pesquisa dos cursos de graduação e de Programas de Pós-graduação (CeTeAgro), da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), realizou na última sexta-feira (18) debate com o tema “Reforma agrária — problema ou solução?”. O evento faz parte de um ciclo de seminários, que estão programados para acontecer até novembro.

O primeiro a abordar o tema foi Dr. Zander Soares de Navarro, da Embrapa Estudos e Capacitação, de Brasília (DF). Complementaram os debates o professor Dr. Bernardo Mençano Fernandes, geógrafo da Unesp, campus de Presidente Prudente, pesquisador 1B do CNPQ e assessor do Incra em questões ligadas à educação no campo, o juiz federal Dr. Pedro Pereira dos Santos, especialista em questões agrárias, Daniel Tadão Yamamoto, assegurador de Planejamento e Controle do Incra MS, e a representante da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mariana Adalgiza.

De acordo com professora Marney Pascoli Cereda, uma das organizadoras do evento, o primeiro debate que aconteceu no último dia 27 de agosto discutiu o tema “Pantanal: Entre preservação e desenvolvimento” e atraiu mais de 150 pessoas, incluindo professores e alunos das diferentes Universidades do Estado. “Hoje nós esperamos que assim como no primeiro este debate nos traga muitas questões a serem pensadas e repensadas porque nossa ideia é encontrar, em meios aos debates, resultados positivos para os problemas apontados”, disse Marney.

Responsável por ser o ativador da mesa Dr. Zander levantou seus questionamentos a respeito do tema. “É uma excelente oportunidade para termos aqui pensamentos diferentes a respeito de um importante momento da nossa história, que é a reforma agrária, portanto eu trouxe como tema do meu pensamento a seguinte questão, o mundo rural brasileiro: tudo mudou?”

“Parto então do pressuposto de que existe um novo curso no desenvolvimento, que gera um novo padrão agrário e agrícola, destacando também a migração do meio rural para o meio urbano. Então, a meu ver, a solução para o problema seria a organização dos produtores”, comentou Zander.

Já para Daniel Yamamoto, do Incra, é importante que todos tenham ciência da função que a entidade desenvolve. “Nossa função, dentre tantas outras, é marcada por três macro processos, mas destaco como fundamental delas o desenvolvimento de projetos de assentamento, já que nosso trabalho vai além da reforma agrária, pois nós trabalhamos com a organização estrutural fundiária para evitar conflitos”.

Mariana Adalgiza destacou o trabalho que a Famasul desenvolve com os produtores rurais. “O foco é trabalhar com o produtor rural, capacitando-o, para que assim ele tenha uma melhor qualidade de vida e de sua propriedade. Portanto desenvolvemos um acompanhamento de no mínimo dois anos, com realização de cursos de qualificação”, disse.

Por fim, o professor Dr. Bernardo Mençano foi responsável por fechar o debate e expor sua opinião. “Aqui temos um ótimo momento, pois é onde mais crescemos, já que nada se desenvolve sem debate. E, para finalizar, concluo dizendo que as palavras de ordem para a reforma agrária são: tecnologia, organização e mercado. A mudança nasce da organização e não do governo, portanto precisamos de um modelo de desenvolvimento próprio”, concluiu Bernardo.

Ao todo serão quatro temas discutidos; o terceiro acontece no dia 29 de outubro, com o tema “Cana-de-açúcar e seus derivados: oportunidade de desenvolvimento para o Mato Grosso do Sul?”. Para finalizar, o quarto e último seminário do ano acontecerá dia 26 de novembro, com o foco da discussão voltado para: “Cerrado, oportunidade para o desenvolvimento sustentável”.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3312-3913.