29/03/2012 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O mundo de hoje parece ter tudo sob controle. Em alguns lugares a medicina já alcançou um grau tão avançado que já é possível até escolher a cor dos olhos da criança e já existem crianças que nasceram para poder curar as doenças dos próprios irmãos. Em princípio, isso parece a coisa mais cristã do mundo.
No entanto, não temos controle sobre a vida. Assim como é certo viver também é certo que vamos morrer. No entanto, o cristão tem algo em seu favor. Ele é chamado a não morrer.
No evangelho de hoje, de João 8,51-59, Jesus nos ensina como nos livrar do mal da morte: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. Portanto, para não morrer, basta observar o ensinamento de Jesus, mas por inteiro.
A morte da qual Jesus fala não é aqui a morte física. É a morte para Deus. É a morte que afasta a possibilidade de nos colocar no seio de Deus.
A verdadeira vida é a que experimentaremos no seio do Pai: “A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4).
Por isso, o cristão é chamado a não fazer apenas o que a maioria das pessoas faz. Não somente devemos dizer que respeitamos o que Jesus ensina, como também devemos praticar.
Se agirmos como todo mundo, não chegaremos a conhecer a Deus, porque não levamos em consideração o que ele pede de nós.
Jesus olha para a história de Israel. Lembra aos seus conterrâneos que o que ele ensina não vai contra a revelação de Deus para o seu povo.
Alguns dos seus conterrâneos não quiseram saber disso. Simplificaram as palavras de Deus e entraram no erro. Esqueceram-se de que Abraão olhava para o futuro, que aguardava o Messias.
Jesus é o Messias prometido, esperado, aquele que salvará Israel, mas nem todos os hebreus acreditaram nele.
O cristão não simplifica a palavra de Deus. Ao contrário, entende-a por inteiro.
Por isso, exerce um controle sobre tudo o que faz. Não se deixa levar pelos modismos, pela unanimidade, mas constrói a sua vida não a partir do círculo que vai entre o nascimento e a morte, mas a partir da esperança que Deus reserva para ele: a ressurreição.
Nesse caminho, nós vamos moldando o nosso viver com os próprios olhos de Deus, e jamais rejeitamos dar a nossa própria vida pela salvação dos irmãos.
(Fonte: La Chiesa)
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