Evangelho do dia: O escândalo não é perdoar

08/11/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

O evangelho de hoje é tirado de Lucas 17,1-7. Neste pequeno trecho que a Igreja propõe para a nossa reflexão hoje, Jesus fala sobre os escândalos. Segundo Ele, os escândalos são inevitáveis. Porém, Jesus não quer que os cristãos deem contratestemunho. Para Ele, é melhor que seja atada uma pedra ao seu pescoço e ser lançado no fundo do mar do que alguém escandalizar um pequenino.
Mas o propósito do evangelho também é outro. Jesus está falando sobre a correção fraterna: “Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás”. Os apóstolos também para que tenham sua fé aumentada. Jesus diz-lhes que precisam apenas ter uma fé do tamanho de um grão de mostarda que o mundo se moverá diante dos seus comandos.
No mundo de hoje, nós estamos rodeados por testemunhos edificantes, de pessoas exemplares, coerentes, generosas. Porém, temos o costume de nos fixar e falar somente dos escândalos, que encontramos por ai. Falamos do jovem, da vizinha, do político. Todos passam pelo nosso tribunal.
É uma realidade inegável que, como homens que somos, temos fraquezas – e se alguém não as tem deve se inscrever no registro dos anjos sobre a terra – que são evidentes aos olhos dos outros, sobretudo em algumas ocasiões. Algumas vezes podem provocar escândalos.
Porém, o maior escândalo que um cristão pode cometer é o escândalo da falta de perdão. Jesus, do alto da cruz, olha tudo o que fazemos em silêncio e de braços abertos. Nós não somos nunca capazes de fazer silêncio diante do irmão que peca e muito menos de acolhê-lo quando cai. Esse escândalo não pode acontecer com aqueles que se dizem cristãos.
A inspiração divina colocou esta passagem seguida de outra que fala sobre o perdão. Nossa tarefa não é, então, julgar nem muito menos buscar, como detetives, os tendões de Aquiles do nosso próximo. Será melhor se, de nossa parte, nos esforçarmos para dar mais testemunho, e fixarmos a nossa atenção nas virtudes do nosso próximo. E se alguém nos escandalizar com o seu comportamento, não julguemos e saibamos perdoá-lo de coração, sabendo que quem confia no poder de Deus pode transplantar uma árvore no mar.