Evangelho do dia: O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas

16/05/2011 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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O poeta inglês John Milton escreveu um livro intitulado O Paraíso Perdido. Nele, afirmou que “as ovelhas famintas levantam a cabeça, mas não são alimentadas”. Essa foi uma crítica que ele dirigiu aos pastores do seu tempo.

Na Bíblia, encontramos um dos salmos mais bonitos, escrito com extrema fineza formal, que, a cada versículo, vai enumerando as virtudes do Bom Pastor. Trata-se de uma poesia universal, que diz respeito a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares: consola os aflitos no seu desespero e encoraja as pessoas que vivem na solidão a saírem do seu isolamento.

O evangelho de hoje, de João 10,11-18, mais uma vez fala do Bom Pastor. Só que é muito difícil encontrar alguém que se chame pastor com as características que Jesus apresenta. Ele dá a vida pelas ovelhas que lhe são confiadas, salva-as quando estão em perigo, vai à busca de outras que ainda foram capazes de vir para o seu rebanho ou que se perderam.

Mas o evangelho também transmite para nós a ideia de que a segurança das ovelhas é a sua única preocupação. É por isso que Ele é capaz de dar a sua própria vida para salvá-las. Nessas palavras de Jesus podemos encontrar a definição do papel de todo aquele que quer ser líder. Por exemplo, a rainha mãe britânica, durante a Segunda Guerra, poderia ter ido para os abrigos preparados para a família real ou mesmo ter saído do país, durante os ataques às ilhas britânicas. No entanto, preferiu ficar junto do povo.

Parece que o nosso século ainda vive sob o estigma do século do “mau pastor”: conservamos ainda as pedras carbonizadas dos campos nos quais milhões de homens foram asfixiados. Hoje, são aprovadas leis que matam as crianças antes de elas nascerem. Qual a diferença entre matar asfixiados e triturar um indefeso ainda no seio de uma mãe?

Jesus fala sempre do seu papel de pastor: não veio para ser servido, nem veio para tratar as pessoas com arrogância. Ele veio para salvar as suas ovelhas, isto é, nós, e, se necessário, morrer por nós.