14/06/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Se você tirar uma parte da sua manhã para assistir aos noticiários transmitidos pela televisão ou dar uma olhada nos jornais do nosso Estado, logo vamos ver notícias como estas: Jovem de 26 anos morto com 8 disparos ao chegar em casa ou Rapaz é atropelado em rodovia e motociclista foge; ou ainda: Homem é preso após seqüestrar e exigir R$ 500 mil.
Quando nós lemos ou ouvimos falar sobre isso, surge do nosso interior aquele desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Queremos logo aplicar a famosa lei do Talião, isto é, do olho por olho, dente por dente.
No entanto, Jesus ensina, no Sermão da Montanha, que são bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. E no evangelho de hoje, de Mateus 5,38-43, Ele nos ensina o modo correto de proceder diante de fatos como esses. Jesus diz: “Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.
É verdade que nos sentimos revoltados com a violência gratuita que faz com que a vida valha menos do que nada; com a violência contra crianças indefesas que acontecem nas famílias e também nas escolas, mediante a prática do bulling. Ficamos indignados quando vemos que o nosso vizinho está usando drogas e isso pode vir a afetar o nosso filho.
Em primeiro lugar, nós temos que agir como cidadãos conscientes, buscando nos mecanismos legais do Estado a solução para os problemas. A justiça tarda, mas não falha, diz o ditado. Em segundo lugar, devemos agir como cristãos conscientes, rezando com a Igreja para que sejamos inspirados com palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos, e que neste mundo impere a verdade e a liberdade, a justiça e a paz, para que toda a humanidade se abra à esperança de um mundo novo.
Em resumo, nós mudaremos o mundo pela maneira como vivemos agora, ou seja, seguindo na prática os ensinamentos de Jesus. Ele não revidou os maus tratos que recebeu, mas deu a todos o perdão.
Ruth Pavan e José Licínio Backes apresentam pesquisas financiadas pelo CNPq