COVID-19: Professora da UCDB dá dicas de brincadeiras para estimular a parte física e motora das crianças na quarentena

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Para manter a saúde durante o período de isolamento adotado como forma de prevenção ao novo coronavírus, entre as recomendações dos especialistas, está a boa alimentação e incluir na rotina exercícios físicos. Além de serem voltadas para os adultos, as orientações também são válidas quando se fala das crianças. Segundo a professora dos cursos de Educação Física e Pedagogia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e coordenadora do projeto de extensão “Criança Ativa” da Instituição, Cláudia Diniz de Moraes, além de ajudar no desenvolvimento dos pequenos, a atividade física pode diminuir a ansiedade gerada pela quarentena.

“Percebemos que nos adultos esta situação já gera ansiedade, então, imagine nas crianças que estão em um ambiente fechado sem poder brincar em locais como parques ou praças. Por isso, é importante que pais ou responsáveis organizem brincadeiras que oportunizem a ampliação do repertório motor. Essas atividades podem envolver o exercício físico vinculado ao estímulo da criatividade o que aumenta o gasto de energia e, consequentemente, diminui o tempo da criança em frente a televisão e equipamentos eletrônicos”, ressaltou Cláudia.

De acordo com a docente, essas atividades são essenciais para o desenvolvimento infantil e não requerem muito preparo: “É preciso ter apenas uma boa dose de criatividade e disposição para garantir a animação”. Veja abaixo algumas sugestões do que você pode fazer em casa com os pequenos.

Confecção de bolas de meias usadas

Para fazer uma bola de meia você vai precisar de meias usadas, jornal ou sacos plásticos, linha e agulha. Primeiro pegue o jornal ou os sacos plásticos e faça uma bola — não aperte muito, a ideia que ela tenha volume e não fique muito pesada. Depois, pegue a meia e envolva a bolinha. Após isso vire-a do avesso e repita a ação sucessivamente até chegar ao fim da meia. Se preferir, utilize a tesoura e corte a meia, utilizando diversas meias para fazer uma bola. No fim, pegue a agulha e a linha e costure as duas pontas que sobraram para não soltar.

Segundo Cláudia, as bolas de meias possibilitam diversas opções de brincadeiras. “Você pode desafiar as crianças: elas devem jogar a bola para cima, bater uma palma e pegá-la novamente, sem deixar cair. A partir daí basta usar a criatividade: pode ir aumentando o número de palmas, pedir para que elas girem, pulem com um pé só ou agachem, por exemplo. Além disso, você pode enfileirar garrafas pet e jogar a bola para tentar derrubar o máximo de garrafas possíveis, como em uma partida de boliche. Outra sugestão é fazer com que as crianças peguem a bola com os pés e tentem colocá-las dentro de uma caixa. Enfim, há infinitas possibilidades para construir as brincadeiras”, esclareceu a professora.

Desafio da sequência de saltos

Esse desafio é bastante simples de ser criado e garante um bom tempo de envolvimento dos pequenos. Você vai precisar de giz ou fita crepe e com esses materiais vai desenhar no chão cinco quadrados: um vai ficar no centro, já os outros quatro devem ser feitos em torno deste: um acima, um abaixo, um na lateral direita e mais um na lateral esquerda. Os quadrados devem ser grandes o suficiente para que caiba uma pessoa de pé dentro de cada um. Depois, pegue a fita crepe ou o giz e desenhe nos quadrados números de zero a quatro.

Com espaço montado, chegou a hora de, mais uma vez, você desafiar a criança. Passe para ela uma sequência de números e ela deve saltar dentro dos quadrados de acordo com o que foi pedido. Exemplo: Se você disser zero, três, dois, quatro e zero, a criança deve saltar em cada quadrado onde os números estão inseridos na ordem em que foi dito. A partir daí, cronometre o tempo. Quem cumprir a sequência mais rápido, ganha.

Desafio da sequência das cores

O mesmo desafio da Sequência de Saltos, explicado no texto acima, pode ser feito com as crianças envolvendo as cores! A única coisa que muda é o material utilizado para montar a brincadeira: você vai precisar de EVA ou papel de seis cores diferentes (pode ser cartolina ou qualquer outro que tiver em casa); fita adesiva transparente, lápis e tesoura. Primeiro, fique descalço, escolha uma cor de cartolina e se coloque de pé em cima dela; contorne o formato dos seus pés e depois recorte cada um. Na sequência, pegue as demais cores e recorte cada papel em formato de círculo (mais ou menos do tamanho em que ficaram o recorte dos seus dois pés juntos). Depois disso, escolha um local da casa para brincar e com a fita adesiva cole os recortes dos pés lado a lado no chão e, em seguida, cole os papéis coloridos, também no chão, em volta deles em formato de círculo.

Finalizado o espaço da brincadeira, é só o jogo começar!  Passe para a criança uma sequência de cores e ela deve saltar dentro dos círculos de acordo com o que foi pedido. Exemplo: Se você disser amarelo, vermelho, azul, e roxo, a criança deve partir do centro onde estão colados os formatos dos pés e saltar em cada círculo na ordem em que as cores foram ditas. A partir daí, cronometre o tempo em que o desafio foi cumprido, ganha quem conseguir fazer a sequência mais rápido.

Desafio do equilíbrio

Para fazer essa brincadeira você vai precisar de jornal e fita adesiva ou fita crepe. O primeiro passo é enrolar o jornal como se fosse um canudo bem grande e, na sequência, envolvê-lo do começo ao fim com a fita adesiva de forma que ele se torne mais rígido e não se solte. Feito isso, comece a brincar: o desafio é fazer com que a criança equilibre o canudo. “Elabore uma ficha com o que o pequeno deve fazer. Ele pode caminhar equilibrando o canudo na superfície de uma só mão (direita ou esquerda), andar com o material deitado em cima da cabeça ou subir um degrau, por exemplo. Você pode explorar as possibilidades, pedir para criança treinar os desafios e depois chamar toda a família para assistir”, explicou Cláudia.

Desafio de empilhar copos

Essa brincadeira é simples e para fazê-la você precisa apenas de copos de plástico ou descartáveis. A ideia é desafiar a criança a montar um castelo ou uma torre ao empilhar os copos sem deixá-los cair. Quem fizer a estrutura mais alta é o vencedor.