Acadêmicos de Agronomia capacitam produtores rurais para a produção de barras de cereais

22/11/2016 - 13:00 - UCDB

Fonte: Natalie Malulei

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Produtores rurais que participam do projeto ‘Desenvolvimento e comercialização de barras energéticas a partir de produtos locais’ começam a receber capacitação nessa quinta-feira (25). A fórmula do produto desenvolvida pelo Centro de Tecnologia e Análise do Agronegócio (CeTeAgro) vai ser ensinada a eles para que possam comercializá-lo dentro de dois anos. 

O projeto  visa a valorizar a produção da agricultura familiar com a comercialização de frutas desidratadas e barras energéticas a partir de produtos locais e com tecnologias inovadoras e sustentáveis. Em novembro do ano passado, a iniciativa venceu o Prêmio Santander na categoria ‘Universidade Solidária’ e tem recebido apoio financeiro da instituição, beneficiando mais de 40 famílias.

Aproximadamente 30 produtores que fazem parte de duas comunidades agrícolas, a Broto Frutos Culinária do Cerrado, em Campo Grande, e a Cooperana, no assentamento Nova Aliança, em Terenos, participarão de dois cursos na Fazenda-Escola da Católica.  Durante a manhã, a professora Dra. Marney Pascoli Cereda, do CeTeAgro, que coordena o projeto, vai ministrar a primeira aula do módulo de ‘Segurança Alimentar’.

Já no período da tarde, dois acadêmicos do curso de Agronomia da UCDB, Carollayne Santana e Mateus Correia Barbosa, vão ensinar aos produtores uma tecnologia que extrai a pectina de cascas de maracujá. “Pectina é uma espécie de geleia que serve para dar liga aos ingredientes da barrinha de cereal. Além disso, ela pode ser comercializada separadamente e consumida em pães, bolos e torradas. É mais uma forma de renda para o produtor. E o melhor, vamos ensinar como produzi-la aproveitando o que ia ser jogado fora, no caso, a casca do maracujá”, explicou a professora Marney.

A técnica de produção envolve barrinhas doces e salgadas nutricionalmente equilibradas. Conforme a professora, as doces foram desenvolvidas pelo CeTeAgro e utilizam mel, farinha de mandioca (no lugar dos cereais) e frutas locais desidratadas, o que favorece os produtores pois são produtos regionais. As frutas e hortaliças serão estabilizadas por desidratação osmótica, técnica que também permite a produção de vinagre e aguardente. Já as salgadas foram desenvolvidas com o apoio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).“Na zona rural, um dos grandes problemas é escoar a produção e o projeto cumpre essa tarefa”, complementou Marney.