UCDB PLAY: Pesquisadores testam uso de microrganismos para aumentar crescimento de mini-hortaliças

23/10/2024 - 7:38 - Mestrados e Doutorados

Fonte: Gilmar Hernandes

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Pesquisadores da Programa de pós-graduação em Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) estão estudando o uso de microrganismos – retirados de plantas convencionais e também, bactérias provenientes da terra, para aumentar o crescimento de hortaliças. Denominadas microverdes essas plântulas são livres de agrotóxicos, embora associadas a hortaliças, também podem ser ervas aromáticas, flores, como manjericão, coentro, salsinha, couve, beterraba e rabanete.

O coordenador do Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Católica, professor Denílson de Oliveira Guilherme, reforça a importância da pesquisa. “Esta é uma alternativa de cultivo do próprio alimento de uma maneira mais sustentável. São poucos dias de produção, com valores altamente nutritivos e antioxidantes”.

O professor do programa, Tiago de Almeida, que pesquisa o tema há anos e orienta os acadêmicos na Católica, destaca que parte de uma planta, como um pé de tomate, é cortada e esterilizada em álcool, antes de ser adicionada em uma cultura para assim o fungo se proliferar e ser transformado em uma solução, que será adicionado às sementes antes do plantio. “A ideia é aumentar o tamanho do microverde produzido com sementes tratadas com fungo em relação ao microverde não tratado”, explica o pesquisador.

Após a preparação das sementes com o fungo, que devem ser exclusivamente orgânicas, a pesquisadora Priscila Quevedo Monteiro Garcez, conta que basta acrescentar as sementes que ali vão germinar, como mostarda, rabanete, rúcula e repolho roxo. “As plantas microverdes levam de quatro a 21 dias para chegarem ao ponto de colheita, ficando visivelmente maior, sendo que possuem 40 vezes mais nutrientes que as respectivas plantas tradicionais”, destaca a Engenheira Agrônoma e mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária.

Já o mestrando Alfred Werner Medina Loosli, também do programa Ciências Ambientais, faz o mesmo procedimento, mas com o uso de bactéria inoculada nas sementes.

Para a realização da pesquisa, o acadêmico de Biomedicina, Yan Hideki Uehara, conta que no laboratório precisou adaptar uma estante de aço para improvisar uma estufa para o cultivo. “A produção é feita utilizando apenas água e luz do sol ou neste caso, utilizamos lâmpadas especiais para simular a fotossíntese e irrigação automatizada”.

A pesquisadora Priscila finaliza ressaltando que, apesar da pesquisa utilizar microrganismos, os microverdes podem ser cultivadas facilmente em casa, bastando um local com boa iluminação, sementes livres de agrotóxicos, substrato, um recipiente e água.

Confira a reportagem do UCDB PLAY

 

 
 

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