15/10/2024 - 7:04 - Mestrados e Doutorados
Fonte: Gilmar Hernandes
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As doutoras pesquisadoras Alinne Castro e Carina Elisei, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), por meio do programa de Pós-graduação em Biotecnologia, visam estabelecer a presença de biomarcadores para detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Iniciada em 2020, a pesquisa foi denominada Projeto MiRTEA, inspirado em 'miR' (microRNA), que são pequenas moléculas de RNA que regulam a expressão gênica das células, controlando a quantidade e o tipo de proteína que elas produzem, e 'TEA' (Transtorno do Espectro Autista).
“O Projeto miRTEA tem como objetivo analisar amostras de saliva por meio de um esfregaço de bochecha em busca de moléculas específicas de microRNA que possam estar correlacionadas com o TEA. Para isso, estamos acompanhando adultos autistas da Associação Flor de Cerejeira”, explica a professora Alinne Castro.
Ela ressalta que o projeto irá proporcionar a elaboração de um banco de dados de expressão diferencial dos microRNAs como indicadores de prognóstico, que poderão subsidiar estudos futuros e auxiliar profissionais de saúde na realização de testes laboratoriais para a detecção precoce do TEA. Eles poderão usar os níveis basais desses biomarcadores como base de comparação para avaliar a eficácia das intervenções comportamentais iniciais.
Esperamos que nossas descobertas científicas forneçam suporte para que, se mais crianças com TEA forem identificadas precocemente e encaminhadas para serviços de intervenção precoce, haja ganhos significativos no funcionamento cognitivo e adaptativo da criança autista. Assim, o projeto miRTEA está trabalhando em direção a um futuro no qual está comprometido com a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce do TEA”, ressaltou a pesquisadora.
Além das professoras, também participa da pesquisa diversos acadêmicos de Pós-Graduação em Biotecnologia e acadêmicos da graduação do curso de Biomedicina a UCDB. “A ciência é essencial para a humanidade, e por isso gostaríamos de enaltecer o tempo, o esforço e a dedicação das famílias participantes desta pesquisa científica. Todo esse envolvimento simboliza uma construção profunda e compassiva sobre o TEA em nossa sociedade”, finaliza a professora Dra. Carina Elisei.
O estudo conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).