Doutoranda apresenta tese sobre incidência de ipês no Pantanal

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A doutoranda em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária Sheyla Thays Vieira Barcelos defendeu ontem (13) sua tese intitulada “Sensoriamento remoto e formações monoespecíficas no Pantanal”. A pesquisa foi orientada pelo professor Dr. Reginaldo Brito da Costa e coorientada por Dr. Alisson André Ribeiro e Dr. Vitor Hugo dos Santos Brito.

“O objetivo geral é discutir a relação entre os fatores ambientais: formas de relevo, regime de cheia e vazante, fogo, entre outros, que influenciam as formações monoespecíficas de Ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus) presentes em uma das sub-regiões do Pantanal conhecida como Poconé através de sensoriamento remoto. A tese está intimamente ligada a manutenção da biodiversidade das espécies vegetais locais que desempenham papel fundamental na manutenção da flora, fauna e recursos hídricos, além da fixação de carbono, garantindo a preservação do complexo fitogeográfico”, explicou a pesquisadora.

Na banca avaliadora, os professores Dr. Denilson de Oliveira Guilherme, Dr. Michel Angelo Constantino de Oliveira, Dr. Antonio Conceição Paranhos Filho e Dra. Camila Leonardo Mioto. A defesa aconteceu na manhã de hoje, de forma on-line.

Sheyla Barcelos destaca que o Pantanal é marcado por peculiaridades, como estações de seca e cheia, solos de baixa fertilidade, dificuldade de acesso, dentre outras, que restringiram a sua ocupação e a interferência antrópica, tornando a pecuária extensiva a principal atividade econômica. “Ao longo do seu processo histórico de ocupação humana, o fogo foi intensamente utilizado como a principal forma de manejo dos solos, e atualmente representa uma das principais ameaças para o ecossistema, mas é um elemento que juntamente com o ciclo de inundações promovem a savanização de povoamentos monodominantes, como de Tabebuia aurea nos Paratudais”, destacou.