Projeto AeroDesign ensina engenharia aeronáutica a acadêmicos

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Grupo de pesquisa da Universidade Católica Dom Bosco proporciona os primeiros passos no estudo de engenharia aeronáutica a acadêmicos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação. Trata-se do AeroDesign, projeto que existe desde 2011 na Instituição. O principal objetivo é construir uma aeronave para participar do campeonato da SAE Brasil, que acontece em outubro, em São José dos Campos (SP).

Participam das atividades dois bolsistas do CNPq, dez acadêmicos voluntários e três professores — coordenador Dr. Fernando Montanare Barbosa, Dr. Uender da Costa Faria e Me. Fabiano Pagliosa Branco. “A área da engenharia aeronáutica está em expansão e o interesse dos acadêmicos tem sido grande em aprender mais sobre o tema. E a melhor forma é participar das pesquisas, em que testamos novos materiais e tecnologias”, afirmou Fernando.

Segundo ele, o grupo divide-se em área: software, cálculos, construção do avião e marketing. “E o mais interessante é vê-los trabalhando em grupo. Há reuniões semanais entre acadêmicos e quinzenais com os professores, nas quais analisamos os resultados, os problemas, soluções”.

Uma das participantes é Nicoly Lopez Gomes, do 5º semestre de Engenharia Mecânica. Conforme explicou, antes de iniciar a graduação já tinha interesse na área da aeronáutica. “Quando soube que aqui tinha uma equipe, logo procurei participar das atividades. Além de aprender sobre a área em que quero atuar, conhecemos muitos profissionais e acadêmicos com os mesmos interesses. Há casos de egressos que conseguem estágio em empresas, então, são portas que se abrem. Em 2014 estava atuando na área de hélice e motores; agora, estou no Marketing”. 

A UCDB já participou do mesmo campeonato nacional, em 2012 e, das 70 equipes inscritas, somente dez conseguiram fazer com que os aviões voassem — e a equipe da Católica, denominada Tuiuiú, foi uma delas. Na edição deste ano, conforme o edital da SAE Brasil, a aeronave terá de carregar até 22 quilos de carga. Além do aeroplano, os detalhes técnicos do projeto também são avaliados e contam muitos pontos na classificação final. “Uma das inovações que faremos é a utilização de um novo sistema de freios, que vem sendo desenvolvido pelo professor Uender, que é engenheiro elétrico”, adiantou professor Fernando.