Mix Criativo traz palestra com três profissionais de áreas diferentes para falar sobre criatividade

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O que é ser criativo? Como ser criativo? Essas duas questões pertinentes que permeiam todas as áreas do conhecimento foram trazidas para os acadêmicos da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), na noite de sexta-feira (20), por meio do "Mix Criativo".

O evento, promovido pelo "DesignLab" — projeto de extensão do curso de Design —, veio em alusão ao Dia Mundial da Criatividade (21 de abril) estabelecido, este ano, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e trouxe profissionais três áreas diferentes para falar sobre processos criativos.

"Buscamos trazer profissionais de especialidades distintas com o intuito de estimular a criatividade e mostrar que ela pode ser aplicada por qualquer pessoa em qualquer área do conhecimento. Pretendemos expor que todo mundo tem um método e um processo criativo que explora no respectivo meio que atua”, pontuou o professor do curso de Design e um dos organizadores do evento, Gabriel Ferraciolli.

Na data, foram convidados para conversar com os acadêmicos o arquiteto Luís Pedro Scalise; a chefe de cozinha Dedê Cesco; e a artista plástica Venise Melo. Cada profissional teve meia hora para expor as considerações sobre o tema e, após isso, houve um debate entre eles com a participação dos alunos. A discussão foi mediada pelo professor do curso de Design José Sarmento.

Durante a palestra, Dêdê mencionou que não é preciso melhorar as grandes invenções da humanidade, mas sim as pequenas coisas do dia a dia que irão fazer diferença na vida das pessoas. Para a chefe de cozinha, esse processo é extremamente subjetivo: “Você não pode ter barreiras dentro de si, é preciso experimentar! Primeiro você faz, para depois avaliar aquilo que foi criado. Se esse julgamento acontece antes, dificilmente vai sair algo diferente do que você já fez”.

Com o mesmo pensamento de usar a criatividade para transformar o cotidiano de populações, Venise quis provocar os acadêmicos a pensarem além da inovação individualista e enxergarem um processo baseado no contexto social. “Pensar qual é a nossa condição quanto criadores, seja como designer, artista, arquiteto ou cineasta, por exemplo. É preciso enxergar que todos nós temos uma função muito importante para auxiliar no desenvolvimento de regiões e para isso devemos saber olhar o mundo”, pontuou.

A forma de ver as coisas e as realidades também é o que faz diferença para Scalise quando se fala em processo criativo. Segundo o arquiteto, a criatividade começa quando “o olhar não se conforma apenas em enxergar” e isso é algo que precisa ser exercitado. “Criatividade não vem necessariamente de um alto teor intelectual, ela surge por meio de estímulos, por isso é preciso treinar o olhar diariamente”, comentou.

Além dos acadêmicos do curso de Design, estavam presentes na palestra alunos dos cursos de Letras, Ciências Biológicas e Arquitetura da UCDB. Universitários de outras instituições de ensino superior também participaram do evento.