Acadêmico de Letras da UCDB é destaque em concurso nacional de poesia

23/08/2018 - 9:00 - Graduação

Fonte: Carine Ferrari

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Américo Coelho de Souza, acadêmico do 5° semestre do curso de Letras oferecido pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) por meio do ensino a distância, conquistou a 4º colocação no VIII Concurso Nacional de Poesias,  promovido pelo Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e pela Associação Redentorista Filhos de Maria – AFIM.

Com a poesia de título “Acróstico Esdrúxulo”, Américo ingressou no concurso com o pseudônimo “Pitágoras Metáfora”. O valor literário, criatividade, uso de figuras de linguagem e correção da linguagem foram os critérios analisados pela Comissão Julgadora que escolheu os 40 poemas classificados.

Os cinco primeiros colocados receberam troféus, certificados e prêmios em dinheiro. Além da premiação, os poemas vencedores serão publicados em um livro com o título “Uni-Versos” que foi lançado no dia  4 de agosto deste ano. “Eu fiquei muito feliz com a conquista e confesso que até mais animado a continuar escrevendo e participando de mais concursos desse tipo. É muito gratificante. Fiquei contente também por ter conhecido pessoalmente a professora Neli Porto, da UCDB, no dia do lançamento do livro, pois até então, só a conhecia por meio da plataforma online”, comentou o acadêmico.

Poema vencedor:

ACRÓSTICO ESDRÚXULO

Caríssimos acadêmicos! Fiz este acróstico meio sem ritmo,

Onírico desejo de que as alvíssaras me toquem os tímpanos

No democrático campeonato de dons poéticos.

Concorro anônimo e com pseudônimo, conforme o código estatutário;

Utópico sonho de ouvir, uníssono, aplauso e júbilo,

Recolhi vocábulos proparoxítonos, termos esdrúxulos.

Sacrificando momentos lúdicos, fiquei excêntrico.

Ouvi atônito a muitas críticas; frente ao anátema perdi o ânimo.

 

Depois mais plácido, pensei no prêmio, quase simbólico

E muito lépido, cheio de dúvidas, fiz o preâmbulo.

Patético anseio! Queriam ser artífices de poemas épicos

Os líricos neurônios do mais recôndito do meu ávido cérebro,

Escrevi, então, efêmeros protótipos de decassílabos,

Só que mui cético quanto a meu êxito com as metáforas

Intentei, acéfalo, o ramo da física e da matemática

Anarquicamente, lidei com números e muitos símbolos.

 

Prezados partícipes, fazer poema é uma dádiva,

Aristocrática tarefa lúdica de dons ingênitos;

Lidar com versos é como um ágape para o espírito.

Abdiquei do clássico uso das rimas e também das métricas,

Vocábulos tônicos na antepenúltima sílaba usei aos montes

Rebusquei no léxico palavras ecléticas, confesso perplexo;

Acróstico esdrúxulo – dei ao poema o estratégico título.

Senhores árbitros deste concurso dai-me a dádiva

 

De figurar nas páginas do anual compêndio bibliográfico

E constar incólume entre a plêiade dos poucos eleitos.

Lacônico poema, que em autocrítica, julgo medíocre,

Utópico sonho de que as alvíssaras me sejam unânimes,

Zéfiro sopro que me levaria ao ápice literário.

 

Américo Coelho de Souza 

 

 

Texto sob supervisão de Natalie Malulei.