Feiras de ciência e tecnologia do IFMS são analisadas em estudo desenvolvido na UCDB

17/04/2020 - 7:00 - Mestrados e Doutorados

Fonte: Natalie Malulei

Edilene Maria de Oliveira durante a qualificação da tese (Foto: Arquivo pessoal)

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“As feiras de ciências e tecnologia do IFMS: disseminação de conhecimentos com perspectiva de desenvolvimento” foi o tema abordado por Edilene Maria de Oliveira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Desenvolvida sob a orientação da professora Dra. Arlinda Cantero Dorsa e com a coorientação da docente Dra. Maria Cristina Lima Paniago, a tese feita pela pesquisadora foi apresentada para a banca avaliadora nesta quinta-feira (16), por meio de videoconferência.

Por ser administradora e docente do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), a doutoranda buscou identificar por meio do estudo se as feiras de ciências cumprem o objetivo que propõem e de que maneira elas colaboram com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Federal. Com essa proposta, a pesquisa foi focada em quatro feiras realizadas, em 2018, nos campus do IFMS de Corumbá, Ponta Porã, Três Lagoas e Campo Grande – Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal (Fecipan); Feira de Ciência e Tecnologia da Fronteira (Fecifron); Feira de Ciência e Tecnologia de Três Lagoas (Fecitel) e Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec).

A partir da análise de cada evento, além de investigar os campus do IFMS, a doutoranda também fez um estudo referente às 16 escolas estaduais que participaram das feiras com apresentações de trabalho. Ao todo, 93 professores orientadores e 416 alunos foram entrevistados por meio de um questionário semiestruturado. “Com as perguntas eu busquei saber o que mudou após a participação dos estudantes nas feiras, por exemplo, se houve o desenvolvimento do pensamento crítico de cada um e, mais do que isso, se o evento foi capaz de despertar no aluno a vocação para a ciência. Também quis identificar se as escolas perceberam um fortalecimento das redes tecnológicas e parcerias e se houve interação com a comunidade”, esclareceu Edilene.

De acordo com a doutoranda, foi comprovado que as feiras cumprem o objetivo que possuem e também apoiam as estratégias nacionais no que se refere à popularização da ciência e o estímulo dos jovens para a carreira científica. “Ficou nítido que os alunos melhoraram a comunicação oral, desenvolveram hábito da leitura científica e ainda se sentem mais empoderados. Eles deixam de aceitar o senso comum e passam a ser pessoas mais críticas, além de se sentirem muito mais motivados porque ultrapassam as paredes da sala de aula e fazem as pesquisas com autonomia e, ao mesmo tempo, orientação docente. Mais do que a mudança nos estudantes, também houve uma evolução dos professores, pois eles passaram a ser mais cobrados pelo corpo estudantil, e um crescimento da própria escola que precisou se envolver para que estudos desenvolvidos fossem apresentados nas feiras”, concluiu a pesquisadora.

Junto com esse trabalho, Edilene também trabalhou em outra vertente da pesquisa que consistiu no levantamento de dados. Como as feiras eram promovidas desde 2012, mas não havia nenhum tipo de registro documental, a doutoranda coletou as informações e criou um documento formal composto por detalhes como quantidade de pesquisas apresentadas em cada ano e também o número de alunos e colégios envolvidos. “Foi uma maneira de conseguirmos identificar o crescimento dos eventos a cada edição, de 2012 a 2018”, pontuou Edilene.

Junto com a orientadora e com a coorientadora da pesquisa, participaram da banca avaliadora as professoras da UCDB Dra. Maria Augusta de Castilho e Dra. Cleonice Alexandre Le Bourlegat, o diretor geral do campus Campo Grande do IFMS e docente, Dr. Dejahyr Lopes Júnior, e a professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) Dra. Eliane Maria de Oliveira.