Acadêmicos e alunos do ensino fundamental e médio aprendem sobre erosão em visita ao córrego Prosa

11/04/2019 - 7:00 - Graduação

Fonte: Natalie Malulei

Acadêmicos e alunos do ensino fundamental e médio mediram a vazão do córrego e a quantidade de sedimentos presentes na água

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Na tarde desta quarta-feira (10), acadêmicos de Engenharia Civil e de Engenharia Sanitária e Ambiental (ESA) da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) participaram de uma atividade pedagógica voltada para a conscientização a respeito de erosão na área urbana. A ação foi realizada no trecho do córrego Prosa que passa pelo Parque das Nações Indígenas, localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Junto com o grupo, também estiveram presentes estudantes Colégio Salesiano Dom Bosco, que integram a iniciação científica (Pibic Júnior), e também alunos da Escola Estadual Hércules Maymone — participantes do projeto de extensão Tecnologias Sociais em Recursos Hídricos e Saneamento (Techsan), desenvolvido em parceria com a UCDB.

Durante a atividade, os acadêmicos e estudantes fizeram a medição da vazão da água e também da quantidade de sedimentos presentes no córrego. “O procedimento foi feito entre dois pontos que estão assoreados e, a partir da coleta de dados, vamos analisá-los tanto no laboratório da UCDB quanto na Escola Estadual Hércules Maymone. É importante fazer o aluno ter contato com essa realidade, pois, a partir disso, ele pode refletir e criar consciência ambiental, além de pensar em possíveis soluções”, comentou o professor da UCDB Guilherme Cavazzana.

Além disso, na data, os alunos instalaram uma ecobarreira no córrego, feita a partir de garrafa pet, voltada para impedir que os resíduos sólidos passem, o que vai permitir ao grupo identificar os tipos de objetos descartados e sedimentos mais presentes no córrego. Um sistema de plantas flutuantes voltado para filtrar a água também foi inserido no local.

“A partir de cano de PVC e garrafa pet, fizemos uma estrutura quadrada e nela colocamos vários exemplares de uma planta aquática chamada aguapé. A ideia é verificar como a planta vai se comportar enquanto um filtro natural e a capacidade dela de remover poluentes”, comentou José Nivaldo Lopes Neto, de 13 anos, integrante do Pibic Júnior.

Nivaldo e outros pesquisadores são supervisionados pelo docente da Católica Fernando Jorge Corrêa Magalhães Filho. Segundo o professor, eles desenvolvem um trabalho sobre "Tratamento de esgoto e águas pluviais por sistemas de plantas flutuantes" e essa experiência é um piloto do estudo. “Posteriormente, a ideia é aperfeiçoar esse tipo de sistema natural de filtragem para que ele possa ser utilizado no esgoto em ambientes urbanos, por exemplo”, pontuou Fernando.

De acordo com o professor, o trabalho conta com a contribuição do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “Há um intercâmbio de dados. Nos Estados Unidos, os pesquisadores fazem um estudo com o intuito de identificar qual seria o melhor modelo de sistemas de plantas flutuantes para instalação, contudo eles não fazem testes a campo, e essa é a nossa contribuição. São passadas as informações e nós fazemos as aplicações aqui. Dessa maneira é possível identificar quais são aquelas que se adaptam melhor a nossa região”, esclareceu Fernando.