Professores do Neppi participam de videoconferência com representantes de universidades do Chile e Equador

21/05/2020 - 7:00 - Cooperação Internacional

Fonte: Natalie Malulei

Em destaque, professores da UCDB José Sarmento e Eva Maria Ferreira

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Nessa quarta-feira (20), os professores Dr. José Francisco Sarmento Nogueira e Me. Eva Maria Luiz Ferreira que integram o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi) da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) participaram de uma conferência on-line com profissionais da Universidad Católica Silva Henríquez (UCSH), localizada no Chile, e da Universidad Politécnica Salesiana (UPS), no Equador. As três Universidades integram a Rede IUS (Instituições Salesianas de Educação Superior) e compõem um grupo de trabalho que tem como o foco a interculturalidade.

“Desde o início do ano, nós nos reunimos uma vez a cada quinze dias, por meio de videoconferência, e, pela primeira vez, foi pensado em fazer um evento com a proposta de trocar experiências sobre o que cada Universidade tem feito em relação a situação indígena e apoio aos estudantes. Para a UCDB é importante participar deste tipo de diálogo porque é algo que faz parte do carisma salesiano e reforça a responsabilidade da Instituição com as populações mais vulneráveis”, esclareceu José.

Durante o bate-papo entre os integrantes do grupo de trabalho, o tema abordado foi “Crise de saúde, povos indígenas e migrantes: combatendo o racismo e as desigualdades desde a Universidade”. Segundo Eva Maria, além disso, cada Instituição pode ressaltar o trabalho que está sendo desenvolvido em relação ao suporte oferecido aos estudantes indígenas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Como coordenadora do Programa Rede de Saberes, que oferece apoio à permanência de acadêmicos indígenas nas Instituições de Ensino Superior, a professora pontuou que, ao todo, 80 alunos estão matriculados na Católica. São indígenas que vivem em aldeias de Mato Grosso do Sul (Terena, Kadiwéu e Kinikinau) e em Mato Grosso (Xavante e Bororo).

 “Fazemos um trabalho de monitoria e acompanhamento dos alunos, já que estamos vivendo um momento singular que alterou, inclusive, o cotidiano nas aldeias. Com a necessidade de isolamento social para evitar o contágio da Covid-19, muitas vezes, são os próprios caciques que fazem o controle do vírus e impedem a saída de todos do local, com isso fica difícil o estudante ter acesso a um computador e a internet roteada, por exemplo. Diante desse cenário, muitas atividades têm sido enviadas por meio do Whatsapp e essa é também a ferramenta utilizada pelo monitor para esclarecer possíveis dúvidas. É claro que, em algumas situações, o acesso a um aparelho celular também é difícil e o aluno fica impossibilitado de fazer as atividades, nesses casos, entramos em contato com os coordenadores de curso para que esses acadêmicos possam fazê-las depois”, explicou Eva Maria.