Lei de Libras completa 15 anos e UCDB é exemplo de inclusão

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Na segunda-feira (24), a lei que regulamenta a Língua Brasileira de Sinais (Libras) completou 15 anos e, depois de muitas manifestações e luta, o surdo conseguiu melhorias na educação e acessibilidade.

Apesar da Libras existir desde a antiguidade, foi graças ao decreto que ela foi reconhecida oficialmente como uma língua e, partir disto, pode promover mais acessibilidade nas instituições de ensino, proficiência no idioma para um melhor atendimento, além de fazer com que as pessoas entendam o olhar do surdo.

Legislação garante também que empresas comissionarias à serviços públicos estejam sempre aptas para atender surdos, por meio de intérpretes e capacitação de funcionários. Um exemplo disso é Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) da Católica, o setor oferece suporte ao surdo e também trabalha em função de pessoas com diversas necessidades especiais.

Segundo Nayara da Silva Cesário Marins, professora de libras dos cursos de licenciatura do NAP, a estrutura oferecida ao surdo quebrou barreiras e o preconceito: “O surdo na área educacional tem avançado muito, antes da legislação ele ficava muitos anos na mesma série, porque era visto como deficiente, hoje existe uma adaptação lingüística, além de intérprete na sala de aula e conteúdo adequado para ele”.

NAP foi fundado logo depois da regulamentação da lei e, hoje, possui 13 anos. Ao todo a equipe é composta por três professoras, quatro intérpretes, uma ledora e duas profissionais do apoio educacional, que além de estarem junto ao acadêmico, preparam os docentes para receberem alunos com necessidades especiais. Atualmente profissionais do núcleo trabalham com 20 alunos, sendo quatro surdos, três na graduação e um no doutorado.

Doutorando em Desenvolvimento Local da Católica, Adriano Gianotto é surdo e conta como a lei estimulou a inclusão do aluno surdo na sociedade e nas instituições de ensino superior: “A Lei federal vem respeitosamente para visualizar a comunidade surda, e acabar com a barreira entre ela e a ouvinte, influenciou significamente no aumento na formação de docentes surdos no país o que gerou interesse dos surdos a entrarem em uma universidade”.