Estudo da Bacia do Alto Paraguai desperta atenção de pesquisadores paraguaios

21/06/2017 - 7:00 - UCDB

Fonte: Gilmar Hernandes

Professor Fábio Ayres apresenta resultado do estudo

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O estudo sobre a Bacia do Alto Paraguai, desenvolvido pelo curso de Engenharia Sanitária e Ambiental e pela Fundação Tuiuiú da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em parceria com a ONG WWF-Brasil, despertou interesse também em pesquisadores paraguaios, que participaram na terça-feira (20) da apresentação da conclusão do trabalho analisado entre abril-setembro de 2016.

“É importante que tenhamos esse comprometimento em conjunto, podermos olhar de forma integrada ao bioma, pois o Pantanal  é um só, seja no Brasil, Bolívia ou Paraguai. E é gerando a informação, que transformamos em conhecimento e isso gera a experiência”, destaca o pesquisador César Riveiros Reis, representando o diretor da Universidade Nacional de Assunção, em Pedro Juan Caballero.

Para o engenheiro florestal Cássio Bernardino, analista de conservação da WWF, o estudo consistiu em produzir informações para serem processadas e analisadas. “Espero que essas informações subsidiem políticas públicas e que o bioma se perpetue como deve ser”, observa.

“O governo do Estado apoia essa iniciativa e como disse o professor: esse é um trabalho inicial, pois temos um grande desafio pela frente para tomada de decisões pelo poder público”, ressaltou Thais Azambuja, representante do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

“O objetivo principal é a troca de conhecimento e também para que desperte interesse na pesquisa de acadêmicos e pós-graduandos. Graças ao trabalho da Fundação Tuiuiú conseguimos estreitar esse trabalho e pudemos compartilhar o resultado de algo muito maior”, comemora o coordenador da pesquisa, professor Fábio Martins Ayres.

Segundo o estudo, foi fetia uma avaliação de áreas de reserva legal para as áreas de planalto no Estado de Mato Grosso com base em dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com estimativa de um déficit de aproximadamente 392 mil hectares, sendo que o custo para a recuperação seria de aproximadamente R$ 3,9 bilhões. O desenvolvimento de ações conjuntas para a conservação entre os países que partilham de um sistema ambiental, como o estudado, é uma das reivindicações apontadas no trabalho.

O estudo envolveu também os professores Me. Ana Paula Silva Teles e Me. Fernando Jorge Correa Magalhães Filho, além de três acadêmicas de Engenharia Sanitária e Ambiental: Mariana Pereira, Milina de Oliveira e Maria Úrsula de Araújo. A área já era monitorada pela WWF-Brasil desde 2002, mas pela primeira vez, ferramentas utilizadas pela UCDB possibilitaram a produção de dados mais precisos.