Logística e produtividade são os principais entraves para expansão agropecuária, diz pesquisador

27/11/2015 - 9:45 - Mestrados e Doutorados

Fonte: Gilmar Hernandes

Debatedores no último evento do ano do Ceteagro

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“Com solo fértil, clima agradável e quantidade de chuva adequada no Brasil, a logística e a produtividade são os principais entraves para a expansão da agropecuária brasileira”, aponta Me. João Pedro Cuthi Dias, especialista em agronegócio e consultor da BM&F, durante debate "Cerrado: oportunidade para o desenvolvimento sustentável", promovido pelo Centro de Tecnologia e Análise do Agronegócio (CeTeagro), da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

O consultor explicou que até 1999, o Brasil dependia da importação de milho e, atualmente, é o terceiro maior exportador do grão. “O produtor planta soja, colhe em janeiro e aproveita para já plantar milho e braquiária juntamente. Somente em Mato Grosso do Sul, a produção de milho de 1977 a 2013 aumentou 3.218%, sendo a quarta maior produção do Brasil”, afirmou.

Dias acrescentou ainda que a China dependia da soja brasileira, sendo que em 1990, exportava três milhões de toneladas do grão e agora exporta 78 milhões de toneladas. “O mundo depende do Brasil. Mas quanto mais distante a produção estiver do porto, maior será o deságio. Não temos uma logísitca e Mato Grosso do Sul depende somente do transporte rodoviário para escoar a safra, na qual o caminhão vai carregado e retorna vazio”, argumenta.

Segundo o especialista da pecuária no Brasil, Dr. Guilherme Malafaia, da Embrapa Gado de Corte, um dos maiores ativos do Cerrado não nasceu assim, pois pouco dava para ser plantado. Houve, então, políticas públicas para o desenvolvimento da agropecuária. Com isso, o Brasil deve aumentar a produção agropecuária em 40%. Segundo ele, é preciso expandir a produção agrícola, produzir mais em áreas menores e, além disso, reforça que é preciso agregar valor ao que é produzido, pois o País exporta matéria-prima e depois importa deles mesmos.

Ao ser questionado sobre o investimento atual em políticas públicas para pequeno e médio produtor, Malafaia destacou que o produtor precisa cada vez mais de uma postura empresarial. “Acredito que não tem tecnologia diferente para pequenos e para grandes produtores; o que ocorre é a forma de acesso. Se sou um pequeno produtor e essa tecnologia não da para mim, pode dar para um grupo de 20 produtores, proporcionando um trabalho coletivo”, explicou.

Para o consultor Dias, uma saída é transformar áreas que não produzem em áreas produtivas, com o uso correto, manejo, tecnologia, etc. “Os pequenos e médios produtores não têm acesso a estudo para melhorar essa realidade, e dependem dos novos profissionais para isso melhorar”.

Paulo Alba, especialista em agricultura de precisão, consultor no Paraguai, Paraná e Mato Grosso do Sul, lembra que o Paraguai é uma potência agrícola e está bem ao lado de Mato Grosso do Sul. “Vale lembrar que a tecnologia não se resume apenas a máquina, mas a maneira como tornar sustentável com aquilo que temos. Agricultor tem de amar ser agricultor”, finalizou.

 

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