Abertura de seminário internacional conta com pesquisadores de sete Estados

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A abertura do VII Seminário Internacional: Fronteiras Étnico-culturais e Fronteiras da Exclusão e II Seminário Nacional do Obeduc: Relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social no ensino fundamental do 6º ao 9º ano em escolas públicas estaduais de Campo Grande, realizada ontem (26), contou com a presença de acadêmicos de graduação e pós-graduação de sete Estados (além de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Goiás, Tocantins e Mato Grosso).

Segundo o coordenador do evento, professor Dr. José Licínio Backes, o objetivo do seminário é promover a reflexão e o diálogo entre pesquisadores e representantes de movimentos sociais de diferentes estados do Brasil. “Fomentar o fortalecimento e a formação de redes de pesquisa regionais, nacionais e internacionais que tenham como foco currículo, relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social”, explica.

Para o antropólogo peruano da Universitária Internacional de Genebra (RUIG), Dr. José Marin Gonzales, convidado da conferência de abertura sobre ‘Educação intercultural e decolonialidade: a experiência dos povos indígenas’, o evento é uma possibilidade de aproveitar a diversidade cultural e linguística que tem a América Latina. “É um dos espaços de maior biodiversidade e ao lado dessa biodiversidade existem conhecimentos, tradições, história, culturas locais, que podem construir um projeto diferente para a sociedade da América Latina. É um grande desafio para o Brasil assumir a pluriculturalidade de sua sociedade, que é a riqueza da sociedade”, enfatiza.

José Marin Gonzales é doutor em antropologia pela Universidade de Sorbonne e mestre pelo Instituto de Altos Estudos da América Latina em Paris. Trabalha na Rede Universitária Internacional de Genebra (RUIG) da Universidade de Genebra, no projeto de pesquisa ‘A Educação frente à globalização e os Direitos Humanos’. Atualmente colabora com diferentes Instituições e publicações da Europa e da América Latina. Foi colaborador da Unesco na África. Realizou estudos sobre a problemática do desenvolvimento e sobre ecología humana.

Ele é uma das principais referências na América Latina e, em especial, no Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco, nas discussões, reflexões e orientação teórico/epistemológica e metodológica nas pesquisas que têm como tema central a interculturalidade e decolonialidade do saber/saberes no  contexto histórico da pós-colonização e globalização.

O evento continua hoje e amanhã. A programação completa pode ser acessada pelo site http://www.gpec.ucdb.br/viifronteiras/programacao.html.