Ao desenvolver produtos próprios, acadêmicos de Análise de Sistemas aprendem na prática o dia a dia da profissão

08/02/2018 - 7:00 - Graduação

Fonte: Natalie Malulei

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Adquirir a experiência de mercado de trabalho ainda na graduação. É isso que os acadêmicos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) conquistam ao encarar o desafio de criar os próprios produtos e, muitas vezes, atender clientes reais. O ano letivo começou há uma semana (31) e os dez alunos do 5º semestre do curso já iniciaram um novo projeto: desenvolver um site que mostre as atividades realizadas por eles mesmos — uma vitrine para o Tads.

“Percebemos que o público externo não possui conhecimento do que faz um analista e desenvolvedor de softwares e, muito menos, do que é ensinado na Universidade, por isso queremos mostrar! Chamar a atenção das pessoas para a importância da profissão e despertar o interesse dos jovens por essa carreira”, esclareceu o professor Virmerson Bento dos Santos, que supervisiona o projeto.

Nas primeiras aulas, os alunos definiram a proposta do site e quais tecnologias serão utilizadas. Agora, na segunda parte, irão aprender como executá-las e, por fim, aplicá-las para a construção da plataforma.

“Estamos ansiosos porque é a primeira vez que vamos utilizar a tecnologia Progressive Web Application (PWA), que permite ao site adaptar-se em uma página de web regular, ou na versão  mobile, para que as pessoas possam se sentir mais confortáveis ao acessá-lo pelo celular. O que nos empolga, ainda mais, é o fato de esta metodologia ser nova e usada por grandes empresas como o Twitter”,  expôs o acadêmico Lucas Eduardo Whitlock, de 24 anos.

A expectativa é que o site do Tads fique pronto até o final do semestre. Para o grupo a experiência que irá ser adquirida com o desenvolvimento do portal é muito valiosa: “Nossa profissão preza o trabalho em equipe e o comprometimento de cada um para fazer dar certo, tenho certeza que essa vivência vai nos ajudar a sermos melhores enquanto desenvolvedores de softwares”, pontuou Fernando Roque da Silva, de 20 anos.

Desenvolvimento de apps para clientes reais

Só em 2017, doze alunos do Tads, que atualmente já concluíram o curso, desenvolveram três aplicativos para o sistema operacional Android. Um deles foi para a Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos. Como o departamento de botânica da instituição tinha a necessidade de listar as doenças que atacam as lavouras de milho, o aplicativo teria que conter todas essas informações, e aí sugiu o Corn Mycotoxins.

“Foi um trabalho em equipe, cada um desenvolveu uma parte do aplicativo e fazíamos os ajustes para corrigir alguns erros. Foi uma experiência bem legal pra mim, porque apesar de, na época, estar trabalhando na área, nunca tinha feito um aplicativo do zero e isso me ajudou muito a crescer como profissional”, expôs Andrey Fernandes, de 24 anos.

Outros dois trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos foi a parte administrativa de um aplicativo voltado para a Narcóticos Anônimos e também um app para o Colégio Militar de Campo Grande. “Para o Colégio Militar criamos o Incluapp. Como a escola abriu as portas para atender também alunos com deficiência, solicitou o aplicativo para orientar as crianças e auxiliar os professores a lidarem com essa realidade”, explicou Matheus Vilvert, de 20 anos.

“Trabalhamos em conjunto com a equipe do colégio por dois meses e a parte mais complicada são os ajustes solicitados pelo cliente, porque muitas vezes a gente refez e ele não gostou. Apesar disso ser chato foi o que nos trouxe mais experiência para lidar com problemas reais”, pontuou Rinaldo Arakaki Rocha, de 20 anos.

Iniciativa

A proposta de fazer com que os alunos desenvolvessem produtos próprios foi trazida para a UCDB pelo professor Virmerson. Há três anos, quando aliou a profissão de empresário com a função de formar novos desenvolvedores de softwares, percebeu a dificuldade dos acadêmicos em executarem funções cobradas no mercado de trabalho e resolveu criar uma ponte entre esses dois universos.

“Tenho duas empresas, a Perseu, uma desenvolvedora de aplicativos, e a High Tech, que oferece capacitação para profissionais que desejam atuar na área. A partir do momento que vi a dificuldade dos alunos diante de alguns processos, readaptei a minha maneira de ensinar para que eles pudessem vivenciar o mercado de trabalho. Em uma parte do semestre passo pra eles as ferramentas que vão precisar para desenvolver os aplicativos e depois supervisiono a construção de cada item”, pontuou Virmerson.  

De acordo com o coordenador do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Marcos Alves, a iniciativa é muito importante para mostrar a relevância do trabalho desenvolvido na UCDB. “Além de formarmos profissionais cada vez mais competentes, apresentar bons resultados para fora da Universidade é uma maneira de mostrar o excelente trabalho que tem sido feito pela Instituição”, comentou.